Mais de 22 mil crianças foram registradas apenas com o nome da mãe no Piauí entre 2016 e 2025. No primeiro semestre deste ano, 858 dos 15.160 nascimentos no estado não tiveram o reconhecimento paterno. O Piauí ocupa a segunda colocação no Nordeste com maior percentual de registros sem o nome do pai, atrás apenas do Maranhão.
Diante do cenário, a Defensoria Pública do Estado do Piauí participará da campanha nacional “Meu Pai Tem Nome”, marcada para 15 de agosto. A iniciativa oferecerá sessões de mediação, conciliação, orientação jurídica e exames de DNA, de forma gratuita, com foco no reconhecimento de paternidade e maternidade.
Em Teresina, a ação ocorrerá das 8h às 14h na sede da Defensoria Pública, na zona Leste da capital. Os atendimentos também contemplarão famílias de pessoas privadas de liberdade. Além da capital, a campanha ocorrerá em Bom Jesus, Corrente, Floriano, José de Freitas, Oeiras, São Raimundo Nonato, Uruçuí e Parnaíba.
Segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, o percentual de registros sem o nome do pai no Piauí caiu para 7,06% em 2024, após sete anos de alta. No comparativo regional, o estado tem a segunda maior taxa do Nordeste e figura entre os sete primeiros do país.
