A Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc) confirmou a inauguração de praças de pedágio na Rodovia Transcerrados. O órgão diz que as cobranças iniciarão a partir da entrega das obras, mas de acordo com o presidente da Aprosoja Piauí, Alzir Neto, a empresa vencedora não fez nada de novo, até o momento.

Em nota, a Suparc diz que as taxas, conforme contrato com a CS Grãos, empresa vencedora da licitação, são para custear o restante da obra.

“A Secretaria da Administração, por meio da Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc), informa que a referida praça de pedágio que será inaugurada é necessária para o custeio do restante da obra, conforme previsto no contrato firmado com a CS Grãos Piauí, empresa concessionária responsável pela implantação e restauração da PI-397 por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) com o Estado. No que se refere ao cronograma de obras e o início da cobrança do pedágio, a implantação das praças de pedágio ocorre de acordo com as entregas realizadas pela concessionária. A previsão é que até outubro sejam concluídas todas as obras da Transcerrados e consequentemente sejam instaladas as três praças de pedágios”, diz.

Os produtores da região alegam que a empresa CS Grãos foi vencedora da licitação para a PPP da Transcerrado, mas todo o asfalto existente na estrada (compreendido entre a BR 135 e a Transcerrados) foi feito pelo Governo do Estado na gestão do ex-governador Wilson Martins. Os produtores lembram que o trecho asfaltado sequer teve seu acostamento alargado pela PPP. O segundo trecho, já na Transcerrados (PI 397) permanece sem asfalto.

“Uma verdadeira aberração. Uma empresa privada que venceu uma licitação e apenas construiu as praças de cobrança sobre os trechos já existentes, não construiu nada novo. Vergonhosa a atuação desta empresa que se aproveita da concessão do estado pra lucrar antes de investir”, ratifica o presidente da Aprosoja Piauí, Alzir Neto.

Ainda na publicação, a Suparc explicou sobre a cobrança. “É importante ressaltar que foi estruturado um projeto de PPP no qual o Estado realiza o pagamento de contraprestações mensais e a concessionária cobra uma tarifa no valor de R$ 10,00, por eixo. Essa forma tem por objetivo reduzir o valor da tarifa ao usuário final, por se tratar de uma rodovia no qual há um tráfego intenso de caminhões e carretas, há a necessidade de um asfalto mais resistente, o que onera de forma considerável a implantação, manutenção e conservação da rodovia. Neste sentido, o Governo do Estado do Piauí realiza uma contrapartida mensal para reduzir o valor da tarifa da Transcerrados”, diz.

Fonte: Portal AZ

Por: Redação

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